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terça-feira, 24 de maio de 2011

Comentários Consernentes

Esse comentário foi feito pelo meu amigo Nelson, baixista da pastora Ludmila Ferber.

Nelson, muito obrigado por sua postagem! Estamos juntos no mesmo propósito. PAZ!


Fala Phillipe,
segue parte daquilo que tenho como entendimento, que Deus tem me mostrado, a respeito do assunto que colocaou em pauta.

Obrigado pela oportunidade de manifestar e compartilhar minha convicção. Fique livre se desejar postar ou não, no seu blog.


Gostaria de dizer desde já que procuro na Palavra de Deus e não em doutrinas as minhas convicções de fé, e que muitas vezes confesso a dificuldade de procurar vivenciar o que Deus diz, uma vez que a instituição está tomada por doutrinas de homens, digo, farisaísmo, que são tendenciosas. Mas minha esperança vive, e sei que a tempo e modo pra todas as coisas.

No decorrer do texto pode parecer um desabafo, mas estou relatando uma realidade. De qualquer forma seja livre para entender como quiser.

 
Preciso também compartilhar que a arte, no meu entender, não está restrito a música ou teatro e sim tudo que é praticado com dedicação, com esmero, de forma profissional, literalmente como algo único e pessoal, como busca de realização e cumprimento do propósito de Deus, independente de ser exercida dentro ou fora da igreja.

Entendo como base plena e absoluta que todo dom e talento vem de Deus, então ser músico, médico, advogado, engenheiro, pedreiro entre os demais dons, não é uma escolha pessoal, e sim de Deus para quem Ele aprouve presentear.

Podemos sim ter um querer em ser músico, se dedicar e atuar como músico, como em qualquer outra área profissional. Mas importante é estar claro que se a opção de alguém é ser um profissional, de qualquer área que seja, e que atua PROFISSIONALMENTE, ele deve ter seu galardão, pois é justo que aquele que trabalha, seja digno do seu salário.  Em qualquer instituição, seja eclesiástica ou não.

Um  problema que vejo hoje, comum na igreja, é que são citados trechos e versículos bíblicos, como base de formação para cristãos, que acho fundamental, porém eles pouco saem da teoria. Alguém que trabalha ou atua em tempo integral na igreja, ele está ali muitas vezes por não ter opção por não estar adequado ao mercado de trabalho, ou se disponibilizou
para alguma função voluntariamente, ou exercendo seu ministério, seu chamado,ok! tudo certo. Mas quando é exigido um resultado profissional, o que se dispõe precisa ser um profissional. E não há  exceção para a pessoa que é exigido um resultado profissional, ela ainda é merecedora do seu salário. Tanto pela justiça dos homens quanto a de Deus.

Entendo quando as pessoas, inclusive profissionais não permanecem ou não estão atuando e multiplicando seu talento na igreja. Na maioria das vezes é exigido um resultado profissional de profissionais, porém não são tratados como profissional, ou cobra-se um trabalho voluntário (sem problemas para aquele que tem uma fonte de renda fora da igreja), porém aquele que está trabalhando exclusivamente dentro da igreja é diferente, e também não significa que um profissional não deva trabalhar exclusivamente na igreja. Em qualquer situação ou forma, todos precisam e são merecedores do seu salário.
Deus não tem problemas em reconhecimento, Ele mesmo nos reconheceu, e nos honra, então qual seria o problema em reconhecer as pessoas, tanto financeiramente, materialmente, quanto moralmente ou publicamente. Salomão pagou o devido salário (em espécie) aos que foram contratados profissionalmente na construção do templo, e não foram os levitas, pois reconhecia o trabalho profissional e que deveriam receber (1Re5.6).

Seguimos o exemplo de Abrão em Gn14.18 que reconheceu Melquizedeque, pelo seu ministério e o seu serviço. Abrão reconheceu (sheh’lem- oferta pacífica, retribuição, sacrifício voluntário de agradecimento) depois de ser sido abençoado.

Quantas vezes pessoas nos abençoam ministerialmente ou individualmente e não reconhecemos Deus através da sua vida, manifestado pela sua generosidade e voluntariedade para conosco?!

Por um lado vemos muitos líderes de igrejas (Pastores, Bispos, e etc...) estudando fora do país, em boas faculdades, morando muito bem, com carros do ano, alguns cobram valores incríveis para ministrar, ou para colocar gasolina em seus aviões, vivendo muito acima da média, fazendo campanhas absurdas, “cobrando” dízimo, em nome do serviço e do cumprimento do chamado de Deus, fico em dúvida se realmente é Deus ou Mamom que os tem prosperado. Em contrapartida aqueles que estão junto dele no ministério, como cooperadores, exercendo seu chamado, incluo até os levitas (administradores, mestres, músicos entre outros) numa situação antagônica, com dificuldades financeiras e um salário miserável, sem condições de colocar o filho numa boa escola, se privando de alimentação e moradia, as vezes sem condições até mesmo de ir para igreja.

A prosperidade pertence e é dada por Deus. Porém só temos certeza que recebemos do alto, do Rei dos reis, quando nosso coração está pleno da Sua justiça e abdicado de toda avareza.
E sabemos disso quando praticamos a generosidade, o reconhecimento, quando nos privamos de ter (quando podemos e temos o direito de ter licitamente), em favor do meu irmão.

A tribo de Levi, diga-se de passagem, que não existe mais, "tinha como herança o próprio DEUS", e recebiam o que as demais tribos contribuíam, mas esquecem quando usam essa base doutrinária que TODOS os que trabalham na instituição igreja eram e são levitas, sem uma hierarquia de recebimentos e salários. No livro de Atos de apóstolos, digo, a atitude dos enviados, TODOS tinham TUDO em comum.Bem diferente dos dias de hoje. Por isso podemos entender que aqueles que se afastam de instituições podem ter seus motivos e necessidades, que muitas vezes são taxadas como “ele quer fama e aplausos”. Até por que alguém com maturidade pode discernir que aplausos não enche barriga e não paga escola.
Alguns negam ou negligenciam a generosidade para com um irmão que está necessitado, seja lá do que for, argumentando que já devolveu o dízimo, sua obrigação está cumprida, e suas finanças estão protegidas. Depois tem a cara-de-pau pra testemunhar no púlpito a prosperidade que Deus tem lhe dado. 


Somos , pertencemos segundo a escritura, a herança não de Levi, e sim de Judá, pois Jesus nunca pertenceu a tribo de Levi. Temos a herança do Eterno através de Jesus (Hb 6.20, 7.12-17). Todos os crêem no nome de Jesus, e que estão debaixo da graça pertencem e tribo do louvor, da tribo da raiz de Davi, a tribo de Jesus.

A adoração não tem haver diretamente com música, e sim com nosso ser, com estilo e protocolo de vida, com a plenitude de nossas vidas. Não preciso tocar um instrumento para oferecer louvor e  adoração a Deus. Podemos aborrecer a Deus quando toco meu instrumento, e aparentemente estando em plena comunhão com Ele, já tive essa desastrosa experiência, foi péssimo e frustrante.

Adorar a Deus é honrá-lo e reconhecê-lo também através da vida de pessoas, no meu dia-a-dia. Afinal de contas o Espírito Santo habita em nós, e não em templos feitos por homens, esse é um engano comum, que somente líderes e malabaristas de púlpitos são ungidos. Muitos estão afastados dos cultos, porém adoram a Deus no seu agir diário, na sua justiça praticada com seus próximos.
Líderes adoraram a Deus quando reconhecem não só seus cooperadores de ministério como os que estão fora. A igreja é uma instituição, simplesmente.
Nós como seres humanos, feituras do Eterno, somos tabernáculos do Espírito Santo, somos o santuário encarnado. Nós somos a "casa do tesouro", tanto citada no livro de Malaquias.

Acho maravilhoso o ministério de ensino, principalmente o que está relacionado a música, porém, não devemos estar restritos a um nicho, preso em doutrinas e religiosidade.
A música é parte e um dos veículos de adoração.
A questão não é tocar ou deixar de tocar no "mundo", não existe para mim um ministério secular, como Igreja somos Igreja em qualquer lugar que estejamos, e o dom
de Deus é para ser exercido, praticado e multiplicado fulltime, em todo e qualquer lugar.

Do contrário, eu como dentista, poderia atender somente evangélicos, teria que comprar somente em supermercado evangélicos produtos produzidos por crentes, e assim por diante.
Não estou fazendo apologia a tocar num meio de promiscuidade, orgia , de bebedices ou qualquer que seja o meio que desagrade a Deus ou possa colocar em risco a minha vida e integridade moral.
Como está escrito em 1 Co5.9-11, deixa claro para não nos associarmos com
os que se dizem crentes e comentem impiedade, para isso não existe exceção, nem de membros ou pastores.

Já por carta vos tenho escrito, que não vos associeis com os que se prostituem; Isto não quer dizer absolutamente com os devassos deste mundo, ou com os avarentos, ou com os roubadores, ou com os idólatras; porque então vos seria necessário sair do mundo. Mas agora vos escrevi que não vos associeis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com o tal nem ainda comais.

O problema que Paulo nos deixa escrito, está mais dentro do que fora. É um problema generalizado e atual.

Como podemos dizer que somos de Cristo, que somos a Igreja, e não exercemos a fidelidade que é esperada daqueles que são ministros.

Eu não vim de berço evangélico, tive muitas experiências profissionais como músico fora da igreja, estudando e tocando com músicos do mais alto calibre, quando não era convertido, que me trouxeram facilidades e acrescentam hoje no meu trabalho ministerial.
Houve e está ocorrendo da parte de Deus um tratamento, uma adequação e conscientização do serviço ministerial, que hoje desenvolvo. Que é fundamental para aquele que dispõe o serviço “para Deus” e não para homens.

Não posso deixar de falar que algumas pessoas “da igreja”, em seu caráter são as mesmas que eu encontrava antes de eu ter um encontro com Deus, no ambiente em que eu trabalhava, com a diferença que mudam simplesmente na classificação de segmento, um secular e outro evangélico. Entre elas, tinham as  justas e honestas no meio secular, porém sem princípios de Deus, mas exercendo a justiça e a honestidade. E hoje vejo as de dentro, que se dizem conhecedoras de Deus e Seus princípios, que não exercem a justiça e a honestidade. Dos músicos é cobrada uma postura e santificação que não é encontrada naqueles que deles cobram, seus líderes e pastores. Desafiador!

O mais importante é que tenhamos uma consciência, uma vez que a fé não está desvinculada da racionalidade, que Deus seja Deus, e esteja no centro de tudo e de todos. E que seja feita a Sua vontade, plena e absoluta.

Quando entendo o meu propósito, a minha carreira, a certeza ministerial, convicto em Deus, exercendo ele seja dentro ou fora da instituição igreja estou pleno em Deus, encontro a realização, pois estou cumprindo o propósito de Deus para minha vida.

Deixemos de tolir, da religiosidade, do farisaísmo infrutífero e inoperante e demos lugar a pregação da salvação, da plenitude do Eterno em nós, que somos carreadores de Deus, da Sua glória, e que através de nós Cristo se manifesta, que temos um tesouro inestimável, recebido gratuitamente. De quem Deus é em nós e quem somos em Deus.
Recebemos o dom da vida, da vida abundante e eterna, que não se acaba. O sangue de Cristo nos purificou, e pagou o preço, nos tirou da condenação do pecado. Que o pecado não tem domínio sobre nós, os que estão em Cristo, os que crêem. Temos essa certeza pelo penhor do Espírito Santo, a garantia que somos de Jesus, e que nada poderá nos afastar do Seu amor.


São motivos suficientes para termos uma vida de gratidão a Deus, e busca pela transformação do Espírito Santo, até a volta de Jesus.

Toda mudança ocorre quando os valores corretos são colocados no lugar certo, e quando procuramos a renovação do nosso entendimento, que é o nosso sacrifício vivo,  espiritual e encarnado, assim saberemos como agradar o Pai, e cumprir o seu propósito.

Pratiquemos o amor, que nos foi deixado como mandamento pleno, e dívida eterna para como nossos irmãos. Com certeza estaremos cumprido toda a lei, e agradando o coração do Pai.

Abraço mais que forte.

Shalon Ha Adhonai -

Nelson Turin Jr.

twitter: @nelsonturinjr   

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