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domingo, 22 de maio de 2011

Falando um pouco mais sobre tocar no mundo e na igreja

Graça e paz! Shalom!

Hoje, fazendo parte do MIGA – Ministério Internacional Geração Apostólica, recebi um convite maravilhoso: O de montar a escola de música e adoração na igreja para preparar os músicos que tocarão em nossas filiais e em outros ministérios.
Isso me fez pensar a respeito de tocar na igreja e/ou no mundo.
Sou músico desde minha tenra idade e sempre fui orientado a escutar músicos “seculares” (que não eram de igreja), para ter uma referência quanto a uma boa música. Fazendo isso, descobri que muitos dos músicos tanto aqui no Brasil quanto no Exterior eram ou deixaram de ser músicos de igreja. “Por que isso acontece?” – pensei.
Os motivos são inúmeros, mas o mais forte com certeza são as finanças. Motivos e razões à parte, muitas coisas quanto a ser um levita dentro de um ministério, ministrando na vida de pessoas e gerando vida de Deus nelas ainda estão desconhecidas para essas pessoas que escolhem seguir por este ofício.
A verdade é que ser cristão é ter uma vida difícil. Antigamente, há uns 30 a 40 anos atrás era impossível alguém dizer que era homossexual, dizer que era mãe solteira, que não queria servir o exército... Podem dizer que isso é a evolução humana, mas eu penso, hoje, você dizer que é crente lhe torna um alvo de bullying. Isso até mesmo de sua própria família: “Seu ladrão! Vai enriquecer seu pastor! Seu tonto! Seu burro idiota! Eu lhe dou dinheiro somente se você prometer que não vai mais a igreja!”.
 A bíblia, nosso manual de conduta e fé nos ensina que seguir a Cristo é tomar a sua cruz e segui-lo. E qual é o caminho de Jesus? É o caminho do Gólgota, lugar onde foi crucificado. Seria o mesmo que dizer que o caminho de Jesus é o de sofrimento, dor e morte, para que assim possamos receber nossa recompensa posterior. Tudo o que eu estou dizendo aqui está escrito na bíblia em seus livros, capítulos e versículos. Estou escrevendo isso não para pregar uma religião ou dizer quem está certo ou errado. Estou falando o que está escrito lá. E já digo onde quero chegar.
Como vimos na postagem anterior, ser levita é seguir os passos da tribo de Levi. Porém a tribo de Levi, dos que chegaram na terra prometida após terem saído do Egito, foi a única que não recebeu um terreno na terra. Eles ficaram como peregrinos, ser uma moradia fixa. Baseado nisso, como você acha que deve ser regida a vida de um Levita nos dias de hoje? De acordo com a palavra de Deus, o próprio Deus seria sua herança, por isso não teria uma aqui na terra.
Nos dias de hoje vemos pessoas que deixam de tocar na igreja em busca de sucesso, reconhecimento, mérito, dinheiro, prazer, tudo. Porém ficar na igreja às vezes significa não ser reconhecido, não ter vez, tocar com os piores instrumentos, tocar com pessoas desafinadas, cantar com instrumentistas mal preparados, ou até mesmo ouvir aquela frase clichê: “não importa como você canta! O que importa é se é pra Deus! Ele aceita!”.
Pense comigo. Deus criou a natureza apenas com sua voz. Ele disse: Haja isso, haja aquilo. E assim tudo o que foi feito se fez, certo? Não! No sexto dia ele pegou do pó da terra e, com suas próprias mãos modelou um boneco e soprou o sopro de vida nas narinas do boneco e assim criou o homem. Nada contra a teoria (lembre-se que é apenas uma teoria, ou seja, NÃO HÁ PROVAS DE QUE SEJA VERDADE!), mas de toda a criação, somente o homem foi feito pelas mãos de Deus e, depois de tê-lo feito, tirou uma de suas costelas e fez a mulher. No ser humano temos inúmeras coisas incríveis que até hoje a ciência não entende como funcionam, e como um ser que constrói coisas tão complexas poderia aceitar qualquer coisa? Não estou dizendo que você, que nunca estudou música não possa cantar porque Deus não aceitará seu louvor, mas se você pode estudar e oferecer algo melhor e não faz, isso significa que você se enquadra como uma pessoa negligente.
O que eu quero dizer é que uma pessoa que escolhe seguir pelo ramo da música dentro de uma igreja, escolheu algo diferente e único. Ser músico dentro de uma igreja não é como ser um médico ou advogado, ou engenheiro ou qualquer outro emprego.  A música, por conceito é a arte de expressar os sentimentos através do som, por isso, mais do que qualquer outro tipo de emprego, a música envolve e com certeza é e tem um algo mais. Ouvi muita gente dizer: por que não posso tocar no mundo? (Fora da igreja) Trabalhar como músico secular é normal, pois meu professor de matemática pode não ser crente e, mesmo assim estudo com ele. Quem tiver ouvidos ouça. Eu não estou dizendo pra você parar de tocar ou nada. O que estou dizendo é que quem toca na igreja não é como qualquer outro profissional. Tocar na igreja implica em adoração. Implica que tudo o que você faz no seu instrumento (independente de qual seja, canto, teclado, sax, guitarra, bateria), o mesmo serve para atrair a presença do sobrenatural ao local. Algumas outras religiões utilizam a percussão (bongô, atabaque, instrumentos que possuem uma pele esticada e funcionam como ritmo), para atrair suas entidades... e isso é apenas um exemplo. Na nossa religião, Deus é adorado através do som...
Imagine assim! Você é do Palmeiras e quer trabalhar como vendedor de cachorro quente em frente ao clube do Corinthians. Eu sei que lá você não é nem permitido entrar de verde. Aí, como Palmeirense, você tem tudo seu verde... você está procurando sarna pra se coçar. Agora, o único jeito de você conseguir ganhar seu trocado sem morrer seria “virando a casaca” sempre que fosse trabalhar, ou seja, se vestido de alvo e negro para passar despercebido...
A diferença na minha ilustração com o crente que quer tocar em bares música secular (músicas que não são de igreja), é que nosso inimigo sabe quem é de igreja ou não. Você terá que “virar a casaca” para poder passar despercebido. Será que vale a pena? Nosso Deus é o dono do ouro e da prata. Ele promete cuidar de nós como Ele cuida dos pássaros, ou seja, nós apenas precisamos sair de casa para procurar que Ele nos garante que encontraremos algo para nosso sustento, mas isso significa sair de nossa zona de conforto. Você acha mesmo que Ele nos deixaria na mão se oferecêssemos um sacrifício como esse, de abrir mão de uma vida regalada, cheia de recursos, para vivermos pela fé? Sem fé é impossível agradar a Deus. Então?
Quem tem ouvidos ouça. Se você se enquadra nesse texto que escrevi e gostaria de falar a respeito, sinta-se livre para escrever para phillion7@gmail.com e/ou escreva seu comentário aqui. Terei o maior prazer em ler e comentar sobre o que for escrito.
E em breve falarei sobre se escutar músicas não cristãs para se estudar...

Um comentário:

Anônimo disse...

Grande Lion... paz a todos aí...
Abcao...Fred